22 junho 2005

A Espera

A espera pode ser monótona
Quando se espera coadjuvantemente
Como planta espera o processo vital.
O tempo é inimigo,
Vento forte sem abrigo,
E toda a cronologia de convenções
Passa a ser realmente importante.

A espera te rouba o sono
E põe na tua cabeça uma idéia desconexa,
Num "pré-sonho-conversa-de-bêbado",
Enquanto castiga o corpo
Cansado de esperar.

- Corpo e cabeça são casal que não costuma ceder.

Na espera vem a idéia
Que muda uma vida inteira.
Na espera vem pessoa,
Vem alegria,
Vem dinheiro,

Vai dinheiro...

Vem tensão, e um mil coisas
Que te atropela e ao mesmo tempo
Te faz viver.

Não reparou ainda que lutar
É alimentar o improvável?

Não se deu conta
Do movimentar inútil?

Pede alguém pra te ensinar.

E espera.

Paulo Renato,
22/06/06.

3 comentários:

sopa de giz disse...

O Tempo

Tem que

Ter a tua

Passação.

Assim.

Cronos e logicamente.

Mas isso não é uma obrigação.
É assim e pronto.
Atropelando, atravessando, passando.

Por cima, por baixo, pelo meio.

Com tudo,
mas não de repente.

Na hora certa. Na hora acertada.
Por um grande mecanismo, que não fui eu que decitic. Tá?

Anônimo disse...

Como sempre, traduzindo os sentimentos mundanos!!!

Sou sua fã, de ontem e sempre!!!

Anônimo disse...

Como é gostoso conviver com pessoas sensiveis....podemos nos sentir mais calmas...sentimos que podemos ser melhor compreendidas ..sentimos que podemos ser nos mesmas...sem medo da repressao, sem medo da critica...que podera vir de uma maneira mais doce....poetica....

Parabens Paulo...precisamos tanto
de homens sensiveis como voce!!!

Que Deus te abençoe!!!

Mari