03 agosto 2006

Entre(vero)

Daquele vazio,
Dos olhares impenetráveis,
Daquela calmaria,

Só restou essa tempestade
E essa ânsia tardia
De querer executar a música
Depois que a platéia partiu.

Ninguém pra me desculpar
A não ser a mim mesmo e,
Nos bolsos,
Uma “moeda-status-alto”
Que a inflação há muito já depôs.

A tempestade, meu amor,
Chega sem avisar,
Demonstrando o poder inexorável
Que a natureza tem,
Ainda que as previsões evoluam.

- Quero me convencer
De que vou ver o Sol em breve.
Paulo Renato,
03/08/2006.

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